terça-feira, 2 de abril de 2013

Arte Rupestre

Introdução 
Há milhares de anos os povos antigos já se manifestavam artisticamente. Embora ainda não conhecessem a escrita, eles eram capazes de produzir obras de arte. A arte rupestre é composta por representações gráficas (desenhos, símbolos, sinais) feitas em paredes de cavernas pelos homens da Pré-História.
Características principais da arte rupestre
O homem pré-histórico era capaz de se expressar artisticamente através dos desenhos que fazia nas paredes de suas cavernas. Suas pinturas mostravam os animais e pessoas do período em que vivia, além de cenas de seu cotidiano (caça, rituais, danças, alimentação, etc.). Expressava-se também através de suas esculturas em madeira, osso e pedra. O estudo desta forma de expressão contribui com os conhecimentos que os cientistas têm a respeito do dia a dia dos povos antigos.
Para fazerem as pinturas nas paredes de cavernas, os homens da Pré-História usavam sangue de animais, saliva, fragmentos de rochas, argila, etc.

      http://www.suapesquisa.com/artesliteratura/arterupestre/

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 Parque Nacional Serra da Capivara-Pinturas Rupestres 

Dos numerosos abrigos que existem no Parque uma parte muito importante apresenta manifestações de atividades gráficas rupestres que, segundo as informações arqueológicas disponíveis e acima citadas, teriam sido realizadas muito cedo na pré-história, por diversos grupos étnicos que habitaram a região.
Durante cerca de doze mil anos, os grupos étnicos que habitaram a região evoluíram culturalmente e as pinturas rupestres constituem um testemunho desta transformação. Pode-se observar esta evolução dos registros gráficos rupestres mediante a identificação de mudanças nas técnicas pictorial ou de gravura empregadas, mas também nas variações dos temas e da maneira como eles são representados. Estas mudanças não são resultado do acaso, mas de uma transformação social gradativa que se manifesta em diferentes aspectos da vida dos grupos humanos, entre os quais está a prática gráfica. 
    Este costume de se exprimir graficamente é uma manifestação do sistema de comunicação social. Como tal, a representação gráfica é portadora de uma mensagem cujo significado só pode ser compreendido no contexto social no qual foi formulado. Trata-se de uma verdadeira linguagem, na qual o suporte material é composto por elementos icônicos, cuja completa significação perdeu-se definitivamente no tempo por não conhecermos o código social dos grupos que o fizeram. Não podendo decifrar este código, resta uma possibilidade de se conhecer mais sobre os grupos étnicos da pré-história através da identificação dos componentes do sistema gráfico próprio de cada grupo e de suas regras de funcionamento. Efetivamente, cada grupo étnico possui um sistema de comunicação gráfico diferente, com características próprias. Assim, mesmo que não possamos decifrar a sua significação, será possível identificar cada um dos conjuntos gráficos utilizados pelos diferentes grupos. Quando os conjuntos gráficos permitem o reconhecimento de figuras e de composições temáticas, existe também a possibilidade de identificar os elementos do mundo sensível que foram escolhidos para ser representados. Esta escolha é de fundo social sendo também caracterizadora de cada grupo, pois oferece indicadores sobre os elementos do entorno e as temáticas que são valorizadas por cada sociedade.   
As pinturas e gravuras rupestres são então estudadas com a finalidade de poder caracterizar culturalmente as etnias pré-históricas que as realizaram, a partir da reconstituição de um procedimento gráfico de comunicação que faz parte dos respectivos sistemas de comunicação social. Numa segunda instância, este estudo pretende, quando o corpus gráfico em questão fornece os elementos essenciais de reconhecimento, extrair os componentes do mundo sensível que foram escolhidos para fazer parte de tal sistema gráfico. Fica então excluída qualquer possibilidade de interpretação de significados, pois toda afirmação se situaria em um plano de natureza conjectural. Na perspectiva de estudo utilizada entende-se que a cada tradição gráfica rupestre pode associar-se um grupo étnico particular na medida em que se possa segregar conjuntamente outros componentes caracterizadores de natureza cultural, tais como uma indústria lítica tipificada, uma utilização própria do espaço ou formas específicas de enterramentos.
Em razão da abundância de sítios e da diversificação de pinturas e gravuras foi possível estabelecer uma classificação preliminar, dividindo-as em cinco tradições, das quais três são de pinturas e duas de gravuras.
As tradições são estabelecidas pelos tipos de grafismos representados e pela proporção relativa que estes tipos guardam entre si. Dentro das tradições podem-se, às vezes, distingüir sub-tradições segundo critérios ligados a diferenças na representação gráfica de um mesmo tema e à distribuição geográfica. Para cada tradição, ou se for o caso, sub-tradição é possível distingüir-se diferentes estilos que são estabelecidos a partir de particularidades que se manifestam no plano da técnica de manufatura gráfica e pelas características da apresentação gráfica da temática. 

 http://www.fumdham.org.br/pinturas.asp
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Ideogramas e hieróglifos

Pode parecer incrível, mas os historiadores acreditam que a escrita foi inventada quatro vezes, quase que simultaneamente! Por volta de 4000 a.C., China, Egito, Mesopotâmia e povos da América Central começaram a desenvolver os primeiros sistemas para registrar a comunicação. Nada de letras, sílabas ou palavras. Apenas desenhos. Naquela época, se alguém quisesse escrever "boi", provavelmente desenharia uma cabeça de boi em um tijolo de barro ou em um pedaço de cerâmica. Por isso, esses sistemas foram chamados pictóricos ou ideográficos.
 
Vestígios antigos

As mais antigas inscrições descobertas até hoje datam de 3300 a.C. Localizadas em Uruk, região do sul do Iraque, são formadas por uma sucessão de sinais em forma de cunha – por isso foram chamadas cuneiformes. Esse tipo de escrita se espalhou pelo Oriente Próximo, registrando não apenas a língua dos sumérios – primeiro povo a habitar a região –, mas também a dos semitas, dos assírios e dos babilônios. Com o passar dos séculos, esses símbolos, que antes representavam objetos, foram se tornando mais e mais abstratos e passaram a representar sílabas ou o som predominante do nome do objeto. Era o início de uma nova fase da escrita humana.

A evolução não pára


Com a evolução da escrita, os símbolos deixaram de representar apenas objetos, como cavalos, bois ou carneiros, e começaram a representar a linguagem humana. Atualmente, alguns arqueólogos afirmam poder localizar o mais antigo registro dessa transformação: uma tábua suméria de 3000 a.C., encontrada na cidade de Jemdet Nasr, no Iraque. Nela, os pesquisadores encontraram o desenho de um bambu no início de uma lista de objetos do templo. O que um bambu estaria fazendo numa relação de objetos sagrados? Até que um dos responsáveis pela tradução da tábua percebeu que o mesmo som que significava "bambu" na língua dos sumérios – gi – também significava "fornecer" ou "pagar". O responsável pela contabilidade do templo percebeu a semelhança entre os sons das duas palavras e "pegou emprestado" o símbolo do bambu para criar outra palavra, em outro contexto.

Escrita silábica

Esse mesmo princípio passou a ser usado para escrever partes de palavras. Em português, por exemplo, usaríamos o desenho de um boi para escrever uma palavra que começasse com a sílaba "bo". Isso não apenas sofisticou o sistema de escrita como criou um gigantesco leque de símbolos que deviam ser aprendidos. E, para minimizar as possíveis ambigüidades, ainda foram criados símbolos determinativos, que especificavam o conceito de cada palavra – para diferenciar, por exemplo, vela, do verbo velar, e vela de parafina.

A revolução das letras

Apesar de utilizadas durante séculos, as escritas ideográfica e silábica, além de difíceis de aprender, deixavam margem a muitas dúvidas. Mas isso tudo foi resolvido com a criação do alfabeto.

O que isso quer dizer?

Imagine só a dificuldade de escrever uma carta na época das escritas ideográficas. Milhares de símbolos, todos desenhados um a um. Pois além de complicada, essa escrita também era muito imprecisa. Afinal, os desenhos podiam ser lidos de maneiras diferentes por leitores distintos. A necessidade de precisão foi aperfeiçoando o método. Os egípcios, por exemplo, chegaram a utilizar 26 sinais ? representando os sons das consoantes ? para facilitar a compreensão dos hieróglifos. Só não perceberam que esses símbolos poderiam ser usados independentemente, tornando obsoletas todas as centenas de pictogramas até então utilizadas.

A escrita proto-sinaítica

A sistematização do alfabeto é geralmente atribuída aos fenícios. Apesar disso, no final da década de 1990, pesquisadores encontraram na península do Sinai vestígios de um alfabeto anterior: o proto-sinaítico. São inscrições que datam de 1600 a.C., provavelmente influenciadas pelos hieróglifos egípcios. "Imagine um escriba asiático no Egito estudando a melhor forma de escrever a sua própria língua semítica", especula o historiador John Man. "Muitos dos símbolos, aqueles que representam sílabas que hoje escrevemos com duas ou três letras, não têm utilidade, porque a escrita semítica não possui o mesmo conjunto de sílabas. Ele também deixa de lado os determinativos, porque eles servem às ambigüidades somente em egípcio. Resta-lhe apenas um núcleo de símbolos egípcios com os quais poderá trabalhar. Cerca de 26 sons isolados têm os seus próprios sinais, facilmente memorizáveis por simbolizarem o seu som inicial, de acordo com o princípio da acrofonia: net (água) passa a ser n, mu (coruja) vira m."

Nada de vogais

Esses "alfabetos pré-históricos" ainda não tinham vogais. Apenas as consoantes eram representadas. Hoje, os arqueólogos identificam 31 inscrições proto-sinaíticas, nas quais algumas letras são inequívocas: B, H, L, M, N, Q, T e dois sons hebraicos, aleph e ayin. Mas o mais importante dessa escrita é que ela foi a responsável pela difusão da "idéia de alfabeto". Em algum momento, entre 1650-1550 a.C., várias comunidades que viviam na área que compreende atualmente Líbano, Síria e Israel já tinham assimilado o conceito de que era possível representar a linguagem humana com alguns poucos símbolos. É aí que os fenícios entram na nossa história.

 http://universodahistoria.blogspot.com.br/2010/02/as-primeiras-escritas.html





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